Alguns milhares de pessoas enfrentaram a neve nas ruas da capital da Geórgia, Tbilisi, para protestarem contra os resultados preliminares da eleição para presidente que indicavam uma apertada vitória de Mikhail Saakashvili para um segundo mandato. Os manifestantes afirmam que o resultado é uma fraude. Contudo, os dados atualizados horas depois do protesto mostraram que Saakashvili caiu abaixo do patamar de 50% de votos necessários para obter a vitória em primeiro turno, estabelecendo uma longa e nervosa noite para ambos os lados, enquanto os votos são contados lentamente.
A missão de observadores internacionais da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) disse que a eleição revelou "mudanças significativas", mas, no geral, esteve em linha com os compromissos democráticos. A OSCE apontou especialmente para "um ambiente de campanha injusto" atribuído à sobreposição das atividades estatais na campanha de Saakashvili.
Os manifestantes da oposição afirmam que a votação foi manipulada e a Rússia, que tem repetidamente entrado em choque com Saakashvili, criticou sua declaração de vitória no pleito.
Com cerca de 24% dos votos contados, Saakashvili tinha 48,55% dos votos, e seu principal rival, Levan Gachechiladze, contabilizava 26,12% dos votos, de acordo com a Comissão Central de Eleição. Sem uma maioria absoluta para nenhum dos candidatos, um segundo turno será realizado em duas semanas. As informações são da Associated Press.