A oposição iraniana divulgou contagem que aponta 69 pessoas mortas em manifestações durante os últimos dois meses, em decorrência dos protestos contra as eleições presidenciais que deram o segundo mandato ao presidente Mahmoud Ahmadinejad. O balanço da oposição coincide com o levantamento de grupos de defesa dos direitos humanos, que estimavam o dobro de mortes divulgadas pelos dados oficiais.

continua após a publicidade

Um dos assessores de Mir Hossein Mousavi, líder da oposição que afirma ter sido o verdadeiro vencedor das eleições de 12 de junho, apresentou ao parlamento iraniano uma lista com os nomes dos mortos. “Nós apresentamos os nomes de 69 mortos e cerca de 220 detidos ao comitê especial do parlamento durante uma reunião na segunda-feira”, disse o assessor Ali Reza Beheshti.

A lista foi apurada por meio de relatos das famílias das vítimas, disse ele. Isso inclui mortes na capital, Teerã, e outras partes do país, afirmou, acrescentando que o número de casos confirmados continua subindo. Estabelecer um número detalhado de mortes e suas identidades tem sido mais difícil por causa das restrições ao trabalho dos jornalistas e da proibição de cerimônias públicas de luto. Beheshti negou-se a divulgar a lista em público por temer que isso pudesse inflamar a situação.

O número mais alto pode provocar maior escândalo entre opositores pró-reforma e entre alguns conservadores zangados com o tratamento aos manifestantes, particularmente com os abusos cometidos contra os que foram detidos.

continua após a publicidade