Roma – Uma operação internacional contra o tráfico de seres humanos foi concluída nesta terça-feira (15) na Itália com a prisão preventiva de 66 nigerianos que atuavam no país e no exterior.
Os nigerianos foram acusados pelo tribunal de Nápoles de crimes como associação com a máfia, tráfico de seres humanos, escravidão, seqüestro e tráfico de drogas.
Entre os detidos, quinze foram presos fora da Itália. A maioria destes encontrava-se na Holanda, país no qual, segundo a investigação, a organização criminosa era particularmente ativa, trazendo menores da Nigéria que em seguida eram levados à Itália e outros países europeus para atuarem na prostituição e no tráfico de drogas.
A primeira fase da operação foi concluída em outubro passado e resultou em 23 prisões na Holanda, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Espanha, Bélgica, Estados Unidos e Nigéria.
Muitas das pessoas presas em outubro eram responsáveis pelo transporte de drogas destinadas ao mercado italiano.
A operação também descobriu graves irregularidades em processos de adoção, que permitiram a mulheres nigerianas residentes na Itália levar ao país órfãos nigerianos destinados ao tráfico de seres humanos.
O ministro do Interior da Itália, Giuliano Amato, declarou que "foi desbaratada uma potente organização internacional que praticava o tráfico e a exploração de seres humanos, em particular menores, a principal fonte de lucro". "São delitos gravíssimos, que renovam a escravidão em nossa época e exploram a pobreza", disse o ministro.
"Esses criminosos realizaram o seqüestro de duas crianças em um orfanato nigeriano para usá-los na Itália em todo tipo de tráfico. Por esse motivo, contra esses criminosos, devemos ser inflexíveis", disse Amato.
"É uma prioridade que temos e graças ao profissionalismo das forças policiais e jurídicas estamos obtendo ótimos resultados", acrescentou o ministro.
