Os helicópteros venezuelanos enviados pelo presidente Hugo Chávez esperavam, no início da tarde deste sábado, apenas uma mensagem das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para ir resgatar os três reféns que serão libertados pela guerrilha. César Mauricio Velázquez, chefe de imprensa da presidência da Colômbia, disse à AP que "o vice-chanceler da Venezuela, Rodolfo Sanz, e o encarregado do governo para a questão dos reféns, Luis Carlos Restrepo, terão uma reunião com a Cruz Vermelha Internacional," para afinar os detalhes finais do plano para recolher os seqüestrados."Esperamos que nas próximas horas seja definida a segunda fase desta operação humanitária," afirmou Velázquez.
Dois helicópteros de fabricação russa MI-17 aguardavam, pousados no Aeroporto Vanguardia de Villavicencio, 75 quilômetros ao sul de Bogotá. Os helicópteros levarão a cabo a "operação Emmanuel" para devolver a liberdade a Clara Rojas, a seu filho Emmanuel, cujo nome batizou a missão, e à ex-congressista colombiana Consuelo González.
Chávez afirmou que para a segunda parte da operação ser deflagrada falta apenas que as Farc indiquem em qual ponto da selva deixarão os três reféns. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha confirmou que são esperadas apenas as coordenadas finais da missão humanitária, para colocar em marcha o resgate.
Marco Aurélio Garcia, assessor do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse neste sábado à Rádio Mitre de Buenos Aires que durante o resgate "não vamos ter contato com as Farc, porque seria um risco para eles. Não acredito que eles irão se expor a esse ponto.
Garcia acha que os reféns serão deixados sós em uma clareira ou "com alguém de confiança, que não necessariamente esteja vinculado às Farc." Clara González de Rojas, avó de Emmanuel, declarou à Rádio Del Plata de Buenos Aires que sua "expectativa é muito grande. Espero que tudo se resolva de maneira satisfatória." O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, tirou o sábado para descansar em uma propriedade rural no norte da Colômbia.
