A Guiana e a Venezuela concordaram em deixar que um mediador oferecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) investigue a destruição de duas barcaças guianesas de dragagem no garimpo, incidente que renovou as tensões fronteiriças entre os dois países no mês passado. A informação partiu do ministro de Relações Exteriores da Guiana, Rudy Insanally. Ele não deu mais detalhes sobre a mediação internacional. As autoridades venezuelanas não fizeram comentários.

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O governo de Georgetown alega que 36 soldados venezuelanos usaram helicópteros e fortes explosivos no mês passado para explodir dois garimpos fluviais vazios no rio Cuyuni, na Guiana ocidental, onde os dois países têm uma antiga disputa pela posse de um território rico em minerais, gás e petróleo. O embaixador da Venezuela na Guiana, Darío Morandy, negou o uso da força e disse hoje que soldados venezuelanos que servem próximos à fronteira estavam desalojando garimpeiros clandestinos de território venezuelano, quando ocorreu o incidente.

As autoridades venezuelanas pediram mais tempo para investigar o caso, mas não emitiram um comunicado sobre o que aconteceu. Insanally prometeu, em 10 de dezembro, pedir a intervenção da ONU, ao dizer que recebeu uma explicação da Venezuela no dia seguinte à destruição das chatas de garimpo. Segundo ele, a Venezuela "não parece colocar em dúvida que os fatos ocorreram em território da Guiana. Coisas como essas acontecem nas fronteiras, mas queremos erguer um sistema para nos assegurar que não ocorrerão mais.

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