A Organização das Nações Unidas (ONU) interrompeu nesta quinta-feira (8) o envio de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. A medida foi justificada por causa dos ataques contra seus funcionários e instalações da instituição e foi tomada horas depois de a ONU ter afirmado que os tiros de um tanque israelense mataram um de seus motoristas quando ele recolhia um carregamento de ajuda humanitária. A ONU já exigiu uma investigação sobre o ataque israelense a uma escola da instituição em Gaza, que matou quase 40 pessoas no início deste semana. Segundo Israel, militantes islâmicos estavam no local no momento do ataque.

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Pelo segundo dia consecutivo, Israel suspendeu suas ações militares em Gaza por três horas e permitiu a entrada de ajuda humanitária. Pouco antes do início da trégua, porém, a ONU informou que um de seus caminhões de ajuda ficou sob fogo israelense e que um motorista morreu. O porta-voz da ONU Adnan Abu Hasna disse que a operação foi coordenada com Israel e que o veículo estava marcado com a bandeira e a insígnia da instituição quando foi atingido no norte de Gaza. O Exército de Israel disse que investiga o caso.

“A ONU está suspendendo suas operações de ajuda em Gaza até que possamos obter garantias de segurança para nossos funcionários”, disse o porta-voz Chris Gunness. “Trabalhamos em coordenação com eles (as forças israelenses) e mesmo assim nossos funcionários continuam a ser atingidos e mortos.” A ONU fornece comida para cerca de 750 mil moradores de Gaza e comanda dezenas de escolas e clínicas médicas em todo o território. Eles têm cerca de 9 mil empregados locais dentro de Gaza e um pequeno grupo de funcionários internacionais trabalhando no local.

Israel iniciou sua ofensiva em 27 de dezembro com a tentativa declarada de impedir os ataques de foguetes palestinos nas cidades do sul israelense. Funcionários de hospitais palestinos e trabalhadores de agências humanitárias dizem que mais de 700 pessoas já morreram em decorrência dos ataques israelenses e que quase metade desse número era de civis.

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