A produção de ópio no Afeganistão caiu 10%, e os preços da droga estão nos menores índices em uma década, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Um importante dado da Pesquisa Ópio Afegão 2009, divulgada hoje, é que o cultivo na província de Helmand, um bastião do Taleban onde tropas norte-americanas e britânicas lançaram grandes operações nos últimos meses, caiu aproximadamente um terço, entre 2007 e 2008. De Helmand sai quase 70% da produção de ópio afegã. “Em uma época de pessimismo sobre a situação no Afeganistão, esses resultados são uma bem-vinda boa notícia e demonstram que o progresso é possível”, afirmou Antonio Maria Costa, diretor executivo do escritório da ONU para drogas e o crime, em comunicado.
O Afeganistão produz 90% do ópio do mundo. A substância é a matéria-prima para a fabricação da heroína, e esse negócio multibilionário ajuda a financiar insurgentes e grupos criminosos, pioram a corrupção e enfraquecem o governo central. A ONU qualificou como um “casamento de conveniência” a relação entre insurgentes e grupos criminosos. Por esse vínculo, os EUA e as tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) começaram a perseguir também os narcotraficantes, a partir de 2009. O cultivo de ópio no Afeganistão atingiu um pico em 2007 e caiu nos dois anos seguintes. A área cultivada estava em 193 mil hectares em 2007, passando para 123 mil hectares no ano seguinte.
