O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e o governo da Noruega, que preside o grupo de países doadores à Autoridade Palestina, exortaram ontem Israel a desbloquear o repasse da receita de impostos devidos aos palestinos. O bloqueio teve início depois que a facção moderada Fatah, que administra a Cisjordânia e dirige a Autoridade Palestina, fechou um acordo com o Hamas, grupo fundamentalista islâmico que governa a Faixa de Gaza, para formar um governo de união nacional.

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Os salários dos 165 mil funcionários públicos palestinos, importante motor da frágil economia dos territórios, estão atrasados por causa do bloqueio dos repasses, que somam cerca de US$ 100 milhões por mês, e se referem à arrecadação de impostos sobre produtos consumidos na Cisjordânia. Os funcionários recebem salários na primeira semana de cada mês. Até ontem não haviam sido depositados.

A folha de pagamento consome US$ 185 milhões. O restante é coberto por doações da União Europeia (UE). A pedido do primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, a UE anunciou a doação extra de US$ 122 milhões para fechar o rombo criado pelo bloqueio israelense. “O dinheiro é dos palestinos, mas não podemos transferi-lo para uma organização terrorista”, disse Mark Regev, porta-voz do governo de Israel, referindo-se ao Hamas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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