A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), um órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou hoje que não houve progresso nas investigações sobre possíveis atividades nucleares ilícitas no Irã e na Síria. “No Irã, houve bem pouco progresso”, disse um funcionário da agência. “E na Síria, é a mesma coisa.” Teerã segue desafiando o Conselho de Segurança e até agora conseguiu 1.339 quilos de urânio pouco enriquecido, segundo um relatório restrito da AIEA, ao qual a agência “France Presse” teve acesso. As estimativas variam, mas analistas calculam que algo entre 1 mil e 1,7 mil quilos de urânio pouco enriquecido pode se converter em quantidade suficiente de urânio altamente enriquecido para se fazer uma bomba atômica.

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“O Irã estima que, entre 18 de novembro de 2008 e 31 de maio de 2009 um total de 500 quilômetros de urânio pouco enriquecido foi produzido”, afirma o texto da AIEA, referindo-se à planta nuclear do país em Natanz. Antes disso, o país já tinha enriquecido 839 quilos de urânio.

No total, mais de 7 mil centrífugas para enriquecimento de urânio foram instaladas em Natanz, mais do que os cerca de 5 mil registrados no relatório de fevereiro.

O Conselho de Segurança da ONU ordenou que o país interrompa todas as atividades de enriquecimento de urânio até que a AIEA possa verificar a natureza exata do programa nuclear iraniano. Vários países, entre eles EUA e Israel, acreditam que Teerã queria produzir uma arma atômica, mas Teerã insiste que tem apenas fins pacíficos, como a produção de energia. Sobre a Síria, os inspetores encontraram partículas de urânio em um reator de pesquisas perto de Damasco. A descoberta é incomum e foi solicitada uma explicação do fato para a Síria. “Não é o tipo de urânio esperado para o reator”, disse o funcionário da agência. As informações são da Dow Jones.

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