A Organização das Nações Unidas (ONU) redefiniu o conceito de má nutrição, que passa a incluir os obesos, além dos que passam fome. A mudança pretende garantir que os governos tenham programas contra a fome e contra o excesso de peso.
De acordo com os especialistas a má nutrição é uma "condição fisiológica anormal causada por deficiência, excessos ou desequilíbrios na ingestão de calorias, proteínas ou outros nutrientes".
A delegação brasileira que fez parte da negociação alertou que os países em desenvolvimento sofrem mais, pois além de cuidar de seus obesos, a cada dia em maior número, precisam se preocupar com a falta de alimentos para os mais pobres. A presidente do Comitê Permanente de Nutrição, Catherine Bertini que menos de 2% do dinheiro destinado pelos países ricos ao desenvolvimento dos países mais pobres vai para programas de alimentação.
O alerta principal da ONU é que o problema da obesidade não é apenas dos países pobres. No total, existem 170 milhões de crianças abaixo do peso normal, mas também 300 milhões de adultos obesos nos países emergentes.
Nas economias em desenvolvimento, não são os mais ricos que apresentam os maiores níveis de obesidade, mas a camada que não pode comer de forma saudável. Os alimentos mais gordurosos são os mais baratos e, portanto, mais acessíveis a certos grupos.
