O número de mortos após seis meses de uma revolta popular na Síria chegou a pelo menos 2.600, informou nesta segunda-feira a máxima autoridade das Nações Unidas em direitos humanos. A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, afirmou que a cifra se baseia em “fontes confiáveis no local”.
Pillay divulgou a cifra nesta segunda-feira, durante o início de uma reunião de três semanas do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, na Suíça. No mês passado, esse conselho teve uma reunião emergencial e tomou a decisão de exigir que Damasco ponha fim à sangrenta ofensiva contra manifestantes de oposição ao governo.
Um graduado assessor do presidente Bashar Assad, Bouthaina Shaaban, disse nesta segunda-feira que cerca de 1.400 pessoas, incluindo 700 membros do Exército e das forças de segurança, foram mortos pela violência na Síria. Outros 700 pessoas que morreram eram rebeldes, segundo Shaaban, que falou durante visita a Moscou. Shaaban rechaçou o número citado por Pillay.
O Ministério das Relações Exteriores da França criticou nesta segunda-feira a posição da ONU diante da repressão, afirmando que a falta de atitude do órgão internacional é “um escândalo”. Um porta-voz da chancelaria, Bernard Valero, criticou também o “revoltante homicídio” de um manifestante, Ghiyath Matar, enquanto este estava em uma prisão síria. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.