Uma comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) culpou a segurança inadequada pelo assassinato da ex-primeira-ministra do Paquistão, Benazir Bhutto, em 2007. O relatório, publicado hoje, diz que a morte poderia ter sido evitada se o governo paquistanês, então sob o comando do general Pervez Musharraf, o governo estadual do Punjab e a polícia do distrito de Rawalpindi tivessem tomado as medidas adequadas “para responder aos riscos extraordinários, novos e urgentes que eles sabiam que ela sofria”.

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Benazir Bhutto foi morta em 27 de dezembro de 2007, num ataque a bombas e a tiros perpetrado por suicidas, no final de um comício político para as eleições parlamentares paquistanesas. “O assassinato de Benazir Bhutto poderia ter sido evitado se medidas adequadas de segurança tivessem sido tomadas”, afirmou a investigação. Musharraf culpou o líder do grupo fundamentalista Taleban no Paquistão, Baitullah Mehsud, pelo assassinato. Partidários da ex-primeira-ministra, contudo, afirmaram que Musharraf ou seus aliados estavam envolvidos na morte da política e pediram uma investigação da ONU.

“A comissão acredita que o fracasso da polícia em investigar de maneira efetiva o assassinato de Benazir Bhutto foi deliberado”. A comissão pede às autoridades do Paquistão que conduzam uma investigação “séria e confiável, sobre quem concebeu, ordenou e executou esse crime hediondo de proporções históricas e leve os responsáveis à Justiça”.

O presidente do Paquistão, Ali Asi Zardari, ex-marido de Benazir, pediu ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que adiasse a publicação do relatório, marcada para 30 de março. Segundo um porta-voz da presidência paquistanesa, Zardari fez o pedido porque a comissão precisava interrogar dois chefes de Estado que avisaram Benazir Bhutto sobre “sérias ameaças à sua vida”. Ban concordou em adiar a publicação.

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