A Síria anunciou hoje que permitirá que inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU), que estão atualmente em Damasco, tenham acesso imediato aos arredores da capital, onde a oposição acusa o regime de ter usado armas químicas contra combatentes e civis há cinco dias.

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Um apresentador da televisão estatal síria leu um comunicado atribuído a um funcionário não identificado do Ministério das Relações Exteriores da Síria que dizia que o acordo foi alcançado em uma reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Walid al-Moallem, e a chefe para desarmamento da ONU, Angela Kane, que chegou na capital síria ontem.

O comunicado afirmou que a data e cronograma da visita serão coordenados entre a equipe da ONU liderada pelo cientista sueco Ake Sellstrom e o governo sírio.

“O ministro das Relações Exteriores confirmou que a Síria deseja cooperar com a equipe de inspetores para desmascarar a falsidade das alegações dos grupos terroristas de que as forças sírias usaram armas químicas em Ghouta oriental”, referindo-se aos subúrbios na região leste de Damasco e usando o termo do governo para os rebeldes que lutam contra o regime.

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Centenas de pessoas morreram em um ataque na última quarta-feira e os grupos de direitos humanos disseram que as vítimas apresentavam os sintomas provocados por gás sarin.

O líder do grupo rebelde sírio ligado à Al-Qaeda Jabhat al-Nusra, Abu Mohammed al-Golani, prometeu neste domingo atacar vilarejos que são lar de seita minoritária do presidente Bashar Assad para vingar o suposto ataque mortal com armas químicas.

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Os comentários foram feitos em um gravação de áudio publicada em um site militante que geralmente mostra declarações da Al-Qaeda e de grupos semelhantes. As declarações também apareceram em contas no Facebook e Twitter do grupo, embora não tenha sido possível confirmar a autenticidade da alegação.

Um alto funcionário do governo dos EUA disse hoje que há “poucas dúvidas” de que armas químicas foram usadas pelo regime sírio conta civis no ataque na semana passada. A fonte afirmou que a comunidade de inteligência dos EUA baseou a avaliação enviada à Casa Branca no “número informado de vítimas, sintomas apresentados pelas pessoas mortas, ou feridas, e relatos de testemunhas.” Segundo o funcionário, a Casa Branca acredita que o governo sírio estava impedindo que a equipe de investigação da ONU tivesse acesso imediato ao local do ataque, a fim de dar tempo para as provas do ataque degradarem.

Irã

Um comandante do Irã alertou os EUA hoje sobre uma possível ação militar contra o regime do presidente sírio Bashar Assad. Segundo a agência de notícias Fars, que tem ligação com a poderosa Guarda Revolucionária do Irã, o general Masoud Jazayeri alertou que uma invasão da “linha vermelha na Síria terá consequências graves para a Casa Branca.”

Jazayeri não forneceu detalhes, mas disse que Washington está bem ciente das linhas vermelhas. Ele disse que a guerra na Síria é um produto de uma conspiração dos EUA e países “reacionários da região”, uma referência comum para a Arábia Saudita e Qatar.

Ontem, Washington afirmou que as forças navais americanas estavam se dirigindo para a Síria, enquanto o presidente Barack Obama estudava uma resposta militar ao alegado ataque químico. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.