O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) exige a realização de uma investigação independente sobre as atrocidades cometidas durante a guerra civil no Sri Lanka. Navi Pillay, a alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para refugiados, recomendou ao Conselho de Direitos Humanos da entidade que tanto o governo cingalês quanto os rebeldes tâmeis sejam investigados pelo grande número de civis mortos desde dezembro do ano passado.
Pillay disse hoje em Genebra, na Suíça, que o governo do Sri Lanka tem a obrigação de respeitar as leis humanitárias mesmo quando protegendo a população de atividades consideradas “terroristas”. O embaixador cingalês na ONU, Dayan Jayatilleka, qualificou como “ultrajante” a recomendação para que o governo também seja investigado. Segundo ele, tal recomendação equivale a pedir que os aliados da Segunda Guerra Mundial aceitassem um tribunal por crimes de guerra pelas bombas atômicas despejadas sobre o Japão.