795 milhões

ONU diz que há menos gente com fome no mundo, apesar de guerras e pobreza

O número de pessoas com fome no mundo diminuiu para 795 milhões, de mais de 1 bilhão há 25 anos, apesar dos desastres naturais, dos conflitos em andamento e da pobreza, afirmaram nesta quarta-feira as três agências de alimentos da Organização das Nações Unidas.

Países no leste asiático, na América Latina e no Caribe tiveram o maior progresso na redução da pobreza, graças em parte ao crescimento econômico que não excluiu os pobres, a investimentos em agricultura e à estabilidade política, disseram as agências em seu relatório anual Estado da Insegurança Alimentar.

O documento conclui que a maioria dos países monitorados – 72 dos 129 – atingiu as ambiciosas Metas do Milênio da ONU, de reduzir pela metade a desnutrição até 2015. O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês), José Graziano, disse que o quase cumprimento das metas mostra que “é possível de fato eliminar o flagelo da fome em nossa geração”.

As agências notaram que o recuo da fome e da desnutrição ocorreu apesar de desastres naturais, da instabilidade política e de conflitos em boa parte do mundo desenvolvido, mesmo que a população mundial tenha crescido em 1,9 bilhão de pessoas desde 1990.

A África subsaariana ainda tem os níveis mais altos de desnutrição do mundo, com quase uma em cada quatro pessoas sem comida suficiente para ter uma vida ativa e saudável. Alguns países do oeste africano que investiram em produtividade na agricultura e em infraestrutura conseguiram atingir as metas da ONU, segundo o relatório. Fonte: Associated Press.

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