Kampala, Uganda, 21/04/2014 – A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou a morte de mais de 200 civis por motivos étnicos após forças rebeldes invadirem um cidade disputada no Sudão do Sul na semana passada. A missão da ONU no país comentou o que chamou “morte direcionada de civis com base em sua origem étnica e nacionalidade” em Bentiu nos dias 15 e 16 de abril.

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De acordo com investigadores da ONU, forças antigovernistas entraram na mesquita Kali-Blee, em Bentiu, em 15 de abril e mataram civis de nacionalidades e grupos étnicos específicos. Além dos 200 mortos, o episódio resultou em mais de 400 feridos, de acordo com o porta-voz das Nações Unidas, Stephane Dujarric.

A missão da ONU exigiu hoje que tais atrocidades sejam completamente investigadas e que seus autores sejam responsabilizados. O órgão também condenou o uso feito por indivíduos “associados à oposição” de uma estação de rádio para disseminar discursos de ódio, inclusive incentivando homens a cometerem atos de violência sexual contra mulheres de outra comunidade.

Milhares de pessoas foram mortas no Sudão do Sul desde dezembro. A violência se espalhou pelo país à medida que soldados do presidente Salva Kiir, da etnia Dinka, tentaram conter uma rebelião liderada pelo vice-presidente, Riek Machar, da etnia Nuer. Fonte: Associated Press.

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