Poucas semanas antes de uma conferência internacional sobre mudanças climáticas, a Organização das Nações Unidas (ONU) reduziu suas expectativas de um acordo sobre um novo tratado para enfrentar o aquecimento global. Janos Pasztor, diretor da Equipe de Apoio para Mudança Climática do secretariado geral da ONU, disse em entrevista coletiva que “há uma intensa atividade de governos para configurar” a conferência em Copenhague, no início de dezembro. Ele antecipou, no entanto, que o encontro na Dinamarca provavelmente não resultará em um tratado, mas julgou que ainda assim ele será importante.

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Pasztor afirmou ontem que “é difícil determinar até onde será capaz de se avançar na conferência”, já que o Congresso dos Estados Unidos não apoiou um projeto sobre o tema. Além disso, as nações industrializadas tampouco coincidiram sobre os objetivos para se reduzir as emissões de gás carbônico ou fornecer ajuda a países em desenvolvimento a fim de limitar suas emissões.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez do novo tratado sua prioridade, realizando várias viagens para pressionar pelo pacto. Os países discutem um acordo para substituir o Protocolo de Kioto, de 1997. Ban visitou ontem Seattle para promover ações a fim de impedir as mudanças climáticas.

O secretário-geral da ONU disse ainda acreditar que os EUA possam chegar a uma meta ambiciosa, que estimule outras nações a tomar medidas para limitar suas emissões. Ban lembrou ainda do “firme compromisso do governo Obama” sobre o tema.

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