A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, denunciou perante o Conselho de Direitos Humanos em Genebra, nesta segunda-feira, que os grupos armados da oposição síria estão utilizando crianças como soldados no conflito, que já dura 18 meses.

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“O Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos recebeu uma nova informação que indica que os grupos armados antigovernamentais violaram os direitos das crianças, incluindo a utilização de menores como soldados”, afirmou Navi.

A alta comissária discursou ao final da sessão em que a comissão de investigação sobre violações dos direitos humanos apresentou a atualização de suas pesquisas, e aproveitou para chamar atenção sobre a crescente presença de franco-atiradores.

“As informações indicam que tanto as forças do governo como os grupos armados de oposição enviaram franco-atiradores que disparam contra civis”, manifestou.

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“A cada dia que passa, mais e mais gente está morrendo, e os civis levam a pior nesse conflito que já dura 18 meses”, acrescentou a alta comissária, que lamentou que o governo de Damasco siga sem colaborar com a comissão de investigação e com os órgãos de direitos humanos das Nações Unidas.

O escritório de Navi segue à espera de uma resposta sobre os pedidos dos relatores especiais da ONU sobre o direito à liberdade de associação e assembleia pacífica e sobre os direitos humanos das pessoas deslocadas, para que possam visitar o país.

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Também está pendente um pedido de viagem, à Síria, do relator especial sobre execuções extrajudiciais, sumárias e arbitrárias, já que o governo de Bashar Al-Assad declarou em agosto que “vê de maneira positiva a proposta de visita ao país para oferecer recomendações durante seu mandato”.

“As forças governamentais seguem cometendo muitas violações dos direitos humanos, incluindo detenções arbitrárias, tortura, violência sexual e execuções extrajudiciais – entre elas, de mulheres e crianças.

Há informações, ainda, de que os grupos armados opositores sequestram, torturam e assassinam membros das forças governamentais, das milícias pró-governo e civis”, disse a Alta comissária da ONU.