A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou hoje estado de fome em duas partes da Somália, em virtude da estiagem que afeta mais de 10 milhões de pessoas no Chifre da África. As áreas afetadas são Bakool e Baixa Shabelle, ambas localizadas no sul do país, informou um comunicado emitido hoje pelo departamento de Relações Humanitárias da ONU para Somália.

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“Em todo o país quase metade da população somali – 3,7 milhões de pessoas – agora está em crise, da qual cerca de 2,8 milhões de pessoas estão no sul”, disse a ONU. “Secas consecutivas afetaram o país nos últimos anos, enquanto o contínuo conflito tornou extremamente difícil para as agências operarem e acessarem as comunidades no sul da Somália”, informou a organização.

A menos que ações de caráter emergencial sejam tomadas, autoridades alertaram de que as áreas afetadas pela fome aumentarão. “Se não agirmos agora, a fome se espalhará para todas as oito regiões do sul da Somália dentro de dois meses devido às fracas colheitas e ao surto de doenças infecciosas”, afirmou Mark Bowden, coordenador de medidas humanitárias da ONU na Somália, a repórteres.

Quênia, Uganda, Etiópia e Djibouti estão entre os outros países prejudicados pela estiagem na região do Chifre da África. Ontem, os Estados Unidos solicitaram que a Eritreia informe quão severamente foi afetada pelas condições de seca. De acordo com a ONU e outras agências humanitárias, fome implica ingerir menos de 2.100 calorias em alimentos por dia, desnutrição aguda em mais de 30% das crianças e duas mortes a cada 10 mil pessoas por dia. As informações são da Dow Jones.

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