Pelo menos dois civis e três soldados ucranianos foram mortos no leste da Ucrânia nesta segunda-feira, mesmo dia em que o escritório de direitos humanos da ONU divulgou um relatório em que afirma que, em mais de um ano de combates, mais de 6.400 pessoas morreram no país. Apesar do cessar-fogo acertado em setembro, as hostilidades entre separatistas pró-russos e tropas do governo continuam.

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O alto comissário da ONU para os direitos humanos, Zeid Raad al-Hussein, disse que há “relatórios alarmantes de execuções por grupos armados” e que seu escritório está “de olho em acusações semelhantes contra as forças armadas ucranianas”. Ele acrescentou que há “histórias horríveis de tortura e maus-tratos em detenção” de ambos os lados.

No domingo, dois civis foram mortos e cinco ficaram feridos, de acordo com a Agência de Notícias Donetsk, porta-voz rebelde. Um deles morreu na aldeia de Shyrokyne, um dos pontos principais de combate nas últimas semanas, e o outro, na cidade de Horlivka.

Três militares ucranianos foram mortos e quatro ficaram feridos nas últimas 24 horas em Kiev, segundo o porta-voz das tropas da Ucrânia Andriy Lysenko. Outros dois soldados ucranianos foram capturados fora da aldeia de Maryinka, de acordo com Lysenko.

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Nesta segunda-feira, a Organização para a Cooperação e Segurança na Europa (OSCE, na sigla em inglês) divulgou um relatório que documenta as violações de cessar-fogo e afirma que, durante as 48 horas anteriores ao domingo à noite, houve 253 explosões no reduto rebelde de Donetsk. A entidade disse que as explosões eram com “armas de fogo leves e pesadas” e que incluíam tanques e artilharia de grande calibre, que deveriam ter sido retiradas da linha de frente após o acordo de cessar-fogo. Fonte: Associated Press.