O Conselho de Segurança (CS) da ONU ordenou uma reunião de emergência nesta sexta-feira para condenar o lançamento do foguete da Coreia do Norte, que acabou falhando. Mas é improvável que haja uma ordem imediata de novas sanções contra Pyongyang. O Conselho de Segurança se reúne nesta sexta-feira às 11h00 (horário do Brasil) para discutir o lançamento, que terminou com o foguete norte-coreano se desintegrando e caindo no mar. Os membros permanentes do órgão – Reino Unido, China, França, Rússia e EUA – já mantiveram conversas informais e o CS deverá aprovar uma declaração condenando o recente ato do Coreia do Norte.
Ainda na noite de quinta-feira, os EUA também desaprovaram o ato dos norte-coreanos, dizendo que, mesmo com a falha ocorrida, o lançamento do foguete foi um ato de provocação, que violou os compromissos da Coreia do Norte e prejudicou a segurança asiática. “A Coreia do Norte apenas isola-se ainda mais ao praticar atos provocativos e está desperdiçando seu dinheiro em armas e propaganda, enquanto o povo norte-coreano passa fome”, disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. O fato de a reação oficial dos EUA ter vindo pela declaração de Carney – e não de um funcionário de nível superior ou mesmo do presidente Barack Obama – reflete o desejo dos EUA de privar a Coreia do Norte de publicidade ou propaganda como recompensa por sua ação.
Ministros das Relações Exteriores do G-8 fizeram coro e condenaram a Pyongyang após o lançamento fracassado do foguete. Os chanceleres disseram que iriam considerar tomar “medidas adequadas” no Conselho de Segurança da ONU. O grupo das potências industriais, que havia acabado de terminar uma reunião em Washington, na noite de quinta-feira, emitiu uma declaração dizendo que o novo lançamento “compromete a paz e a estabilidade regionais.” As informações são da Dow Jones.