O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aprovou nesta segunda-feira o estabelecimento de uma missão na Colômbia com uma difícil tarefa: monitorar a reintegração à sociedade de milhares de ex-combatentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

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A ministra das Relações Exteriores colombiana, María Ángela Holguín, estava presente na reunião, na qual se votou unanimemente a favor da resolução. A medida é outro passo para que a Colômbia tente superar esse capítulo, após sofrer o conflito armado mais antigo da América Latina, que deixou ao menos 250 mil mortos e 60 mil desaparecidos, bem como mais de 7 milhões de pessoas deslocadas.

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Após anos de negociações, as Farc fecharam um acordo com o governo no ano passado para se tornar um partido político. Em janeiro de 2016, o governo colombiano e as Farc pediram à ONU que monitorasse qualquer cessar-fogo e também o processo de desarmamento. O presidente Juan Manuel Santos pediu há alguns dias uma segunda missão, concentrada na reintegração dos ex-rebeldes e em garantias de segurança mais amplas.

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As Farc têm cerca de 10 mil combatentes, entre guerrilheiros e milicianos, segundo o primeiro censo do grupo, divulgado pela Universidade Nacional da Colômbia. A nova missão da ONU começará seus trabalhos em setembro.

O governo colombiano afirmou que mais de 7.400 membros das Farc estão prontos para se reintegrar à sociedade. Bogotá autorizou hoje a anistia de 3.252 rebeldes acusados de delitos políticos. Santos deu por encerrados os casos de quase todos os guerrilheiros que só têm acusações por rebelião e delitos relacionados, como o porte ilegal de armas.

Após o desarme individual dos membros da guerrilha, o governo da Colômbia busca localizar e desmantelar centenas de depósitos clandestinos com munições e materiais das Farc escondidos na selva. As Farc agora devem se converter em um grupo político legalizado. Fonte: Associated Press.