A missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Congo informou neste domingo que abriu uma investigação depois que os moradores acusaram os soldados pela morte de duas pessoas que tentaram invadir uma base da ONU no leste da cidade de Goma.
Martin Kobler, chefe da missão da ONU no país, disse em um comunicado que “lamentava” as mortes e que tinha “aberto uma investigação conduzida conjuntamente com a polícia de Congo”.
Testemunhas disseram que dois soldados do Uruguai mataram duas pessoas que faziam parte de uma multidão que tentava invadir a base da missão durante um protesto contra a omissão da ONU na região conflituosa.
“Foram os uruguaios que abriram fogo contra o nosso grupo. Duas pessoas morreram instantaneamente e outras quatro pessoas ficaram feridas”, explicou o manifestante Augustin Matendo.
Uma fonte militar admitiu que “as tropas uruguaias foram superadas pela multidão que tentava entrar e dispararam para dispersar as pessoas.”
O presidente uruguaio, José Mujica, disse à rádio local que os soldados de seu país não eram os culpados e que “agiram de forma adequada, cumprindo todos os protocolos em vigor nestes casos”. Ele atribuiu a responsabilidade a polícia de Congo, que não teria controlado os protestos de maneira esperada. Fonte: Dow Jones Newswires.