A amargura e a incerteza sobre o futuro marcam a celebração de amanhã do bicentenário da Revolução de Maio de 1810, que marcou o início das guerras que levaram à independência da Argentina, seis anos mais tarde. Isso é o que indica uma pesquisa elaborada pela socióloga e analista de opinião pública Graciela Römer, da consultoria Römer e Associados, publicada ontem pelo jornal “Clarín”.
O estudo indica que 65% dos argentinos consideram que a geração de seus pais tinha condições de vida melhores do que as suas. Somente 20% acreditam que os pais tinham o mesmo nível de vida de hoje, enquanto apenas 15% acham que as condições de vida melhoraram em comparação com a geração anterior.
Só 38% dos argentinos consideram que seus filhos terão um futuro melhor. Para 27% dos entrevistados, as condições de vida na Argentina não mudarão em nada no futuro. Outros 35% vislumbram mais problemas para seus descendentes. Uma de cada quatro pessoas acredita que a melhor alternativa para seus filhos seja ir embora do país.