O surto de Ebola em quatro países do oeste da África, que já matou pelo menos 729 pessoas, está se espalhando mais rapidamente do que a capacidade de conter a epidemia, alertou a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, nesta sexta-feira.
A chefe da OMS e os presidentes da Guiné, Serra Leoa, Nigéria e Libéria estão reunido para discutir medidas que possam conter o surto. A OMS anunciou também que lançará um plano de US$ 100 milhões para combater o alastramento vírus. O receio é de que o surto possa ultrapassar as fronteira desses países.
“Se a situação continuar a se deteriorar, as consequências podem ser catastróficas em termos de perda de vidas, de prejuízos socioeconômicos e do risco de espalhar o vírus para outros países”, disse Chan.
A diretora-geral afirmou que a população em geral não corre alto risco de infecção, mas é preciso tomar medidas para combater as possibilidades de contágio. “Não podemos dar ao vírus a oportunidade de circular”, disse.
O Ebola pode matar os infectados em poucos dias, provocando febre alta e dores musculares, vômitos, diarreia e, em alguns casos, falência dos órgãos e hemorragia. O risco de contrair a infecção, no entanto, é considerado baixo porque exige contato direto com fluidos corporais ou secreções como urina, sangue, suor ou saliva, dizem especialistas.
Os profissionais também afirmam que só existe risco de transmissão após o surgimento dos sintomas. O vírus não se espalha como a gripe, que é transmitida por contato casual ou pelo ar.
O surto, iniciado em março, já é considerado o mais grave da história. A mortalidade do Ebola é de cerca de 60%. Fonte: Associated Press.