Funcionários da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmaram nesta sexta-feira que a Somália, devastada pela fome, agora enfrenta uma epidemia de cólera, provocada pela água suja e a falta de saneamento. Os casos de diarreia aguda – um importante sinal do risco do cólera – são de 4.272 na Somália, um crescimento de 11% sobre a semana passada, quando foram registrados 3.839 casos.
O conselheiro de saúde pública da OMS, o doutor Michel Yao, disse à imprensa em Genebra nesta sexta-feira que o número de casos de cólera na Somália aumentou drasticamente neste ano, com a confirmação em laboratório de 18 casos em 30 amostras recolhidas nos últimos dias de pessoas que vivem na capital Mogadiscio.
Yao disse que a taxa de infecção de 60% verificada nas amostras confirma que existe um “alto risco” de que a doença se espalhe rapidamente pelo país do leste africano. “Então, podemos dizer que temos uma epidemia”.
O doutor Yao afirma que as amostras foram recolhidas entre exames de 4.272 moradores de Mogadiscio que sofreram com a diarreia crônica. Até agora, ele afirma que foram registradas 181 mortes relacionadas à diarreia aguda na capital somali.
A porta-voz da OMS, Fadela Chaib, disse que alguns casos de cólera foram confirmados na Somália na semana passada e que também existe uma surto de diarreia crônica. Ela disse que dos 3.839 casos 77% são crianças com idades inferiores a 5 anos na capital somali.
As informações são da Associated Press.
