O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, admitiu nesta segunda-feira (28) que não acredita na possibilidade de seu governo e a Autoridade Nacional Palestina (ANP) chegarem a um acordo até o fim deste ano. Ao depor perante a comissão de Relações Exteriores e Defesa do Parlamento israelense, Olmert disse acreditar que reivindicações conflitantes por Jerusalém não deverão ser resolvidas tão rápido apesar de a falta de acordo com relação a outros assuntos, como as fronteiras e o destino dos refugiados palestinos, já não ser tão grande.

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“Eu não acredito que um entendimento que inclua o status de Jerusalém possa ser resolvido este ano”, disse Olmert, segundo uma pessoa presente à sessão. “Não há nenhuma possibilidade prática de se ter um entendimento geral com relação a Jerusalém” prosseguiu Olmert, novamente citado pela fonte. O prazo para a busca por um acordo até o fim de 2008 foi anunciado durante uma conferência de paz patrocinada pelos Estados Unidos em novembro do ano passado e que marcou a retomada das negociações entre israelenses e palestinos depois de sete anos de paralisia.

 

Pouco depois, porém, dirigentes israelenses e palestinos começaram a admitir a possibilidade de a perspectiva de solução num prazo tão curto ser inverossímil. O comentário feito hoje por Olmert é o mais claro indício surgido até o momento de que o governo israelense não considera o prazo realista. Nabil Abu Rudeina, um alto assessor do presidente da ANP, Mahmud Abbas, qualificou o comentário atribuído a Olmert como “uma evidência de que Israel abandonou sua promessa.

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