A estatal colombiana Ecopetrol sofreu ataques atribuídos pelo Exército colombiano às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), nesta quinta-feira (6), em seu oleoduto transandino. A empresa suspendeu as operações do oleoduto localizado próximo à fronteira com o Equador. "Houve vários ataques contra o oleoduto numa área remota ao sul da Cordilheira dos Andes", disse Guillermo Garcia, secretário-executivo do governador da província colombiana de Narino. "O Exército disse que a autoria dos ataques é a guerrilha, e as Farc operam naquela área", declarou Garcia.
Segundo o secretário, soldados estão a caminho da área, nas províncias de Narino e Putumayo, a fim de garantir a segurança para os trabalhadores da Ecopetrol que vão consertar o oleoduto. "A área é difícil de ser acessada por causa do nevoeiro constante e das fortes chuvas", acrescentou. No fim de semana, o Exército colombiano matou Raul Reyes, um dos líderes das Farc, e outros 23 guerrilheiros, num combate travado a cerca de uma milha dentro do território equatoriano.
Uma funcionária da Ecopetrol disse que o oleoduto quebrado, que liga os campos petrolíferos do sul da província de Putumayo ao porto de Tumaco, no Pacífico, tem capacidade para o transporte de 60 mil barris por dia. Ela acrescentou que o oleoduto costuma ser utilizado em sua capacidade máxima. A Ecopetrol não tem dados precisos sobre a quantidade de petróleo que se derramou na selva, disse a funcionária. A companhia produziu uma média de 399 mil barris de petróleo por dia em 2007, e espera produzir 425 mil barris diários em 2008.