A Europa retomou seu projeto espacial e a nova onda já contagiou a população. Há dois meses, a Agência Espacial Européia (ESA, na sigla em inglês) anunciou que abriria vagas para a contratação de astronautas. Hoje, não sabe o que fazer para lidar com a demanda: 8,4 mil pessoas se inscreveram para os testes que vão preencher 8 vagas (4 titulares e 4 suplentes).
Os pré-requisitos: experiência em vôo (sem fixar número mínimo de horas), “competência relevante” em física e química, boa memória, concentração, orientação espacial, domínio de inglês e russo e exames médicos que comprovem boa saúde, realizados em uma base militar.
A abertura das vagas e o interesse público, porém, são apenas a ponta de um iceberg. Os europeus querem o fim do controle do espaço apenas por norte-americanos e russos e já se incomodam com a concorrência de chineses e indianos. É a terceira vez que os europeus abrem um concurso público para contratar astronautas. A última foi há 16 anos.
Não por acaso, a explosão de procura pelas vagas foi registrada em todo o continente. Mais da metade das inscrições vieram da França, da Alemanha e da Itália. Mas os demais países europeus também lançaram seus candidatos. Só de Portugal, mais de 200 pessoas se inscreveram. Dos candidatos europeus, 16% são mulheres. Uma parte dos inscritos estão nesta semana em Hamburgo na Alemanha, passando por testes psicológicos – exames seguem até o final deste mês. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.