Oficial israelense mostrado em vídeo pede remoção

Um oficial israelense que permitiu que um subordinado atirasse em um prisioneiro palestino rendido e vendado renunciou ao comando do batalhão envolvido no incidente, ocorrido em 7 de julho, no povoado cisjordaniano de Naalin, informou hoje o Exército de Israel. O incidente foi filmado por uma moradora de Naalin e divulgado por grupos israelenses de defesa dos direitos humanos. O comando militar israelense informou, por meio de um comunicado, que o tenente coronel Omri Borberg pediu para ser removido de seu posto.

Na ocasião Borberg autorizou um soldado a dar um tiro à queima-roupa no pé do manifestante palestino. As imagens mostram Borberg segurando Ashraf Abu Rahmeh pelo braço enquanto um soldado, cuja identidade não foi revelada, mira e atira uma bala de aço revestida por borracha no pé do prisioneiro. O ferimento infligido a Abu Rahmeh não foi considerado grave pelos médicos. A vítima da agressão participava de um protesto contra a construção de uma barreira de segurança por Israel que cortará o acesso dos agricultores palestinos a centenas de acres de terras de cultivo.

No comunicado divulgado hoje, o Exército israelense informa que Borberg e o soldado foram indiciados por “conduta desonrosa”. A data do julgamento por uma corte militar israelense ainda não foi marcada. Mesmo que sejam condenados, porém, o crime pelo qual foram acusados não acarreta detenção nem registro criminal.

O grupo humanitário B’Tselem, que divulgou o vídeo, criticou o Exército por não ter levado adiante acusações criminais. “Um Exército que trata um tiro à queima-roupa num detento atado como ‘conduta imprópria’ não respeita os valores que alega defender”, criticou o grupo.

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