Soldados em Madagáscar se intrometem frequentemente na política. Mas a sua tentativa mais recente está fracassando, com um grupo de oficiais entrincheirados em uma base e a liderança civil do país em grande parte ignorando o que parece ser um golpe de Estado escassamente planejado.

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Ontem, os oficiais chamaram os repórteres à base, perto ao aeroporto, e leram uma lista das suas reivindicações. Fora da base, o país votava uma nova Constituição proposta por Andry Rajoelina, que tomou o poder, no ano passado, com apoio dos militares. Os oficiais rebelados convidaram os civis e os soldados a aderirem à rebelião e juntos derrubarem Rajoelina, mas existem poucos sinais de um levante.

Rajoelina, ao deixar hoje uma sessão eleitoral, disse que não se sente ameaçado. Ele afirma que a maioria dos militares lhe dá apoio “e não liga para as declarações de um punhado de pessoas”. Hoje, a capital Antananarivo estava tranquila, sem nenhum sinal de que as forças leais ao governo tentariam atacar a base dos amotinados. Entre os oficiais rebelados está o coronel Charles Andrianasoavina, que no ano passado apoiou Rajoelina durante a tomada do poder.

Em janeiro de 2009, milhares de partidários de Rajoelina, que era prefeito da capital, atacaram uma estação de TV, tocaram fogo em um depósito de petróleo e numa estação privada de televisão ligada ao então presidente Marc Ravalomanana. Várias pessoas foram mortas. Soldados abriram fogo contra manifestantes, matando 25 deles. Isso custou a Ravalomanana o apoio dos militares. Em março, Rajoelina estava no poder.

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O motim começou ontem, durante um feriado no país africano, enquanto os eleitores votavam no referendo constitucional. A alteração constitucional permitirá que Rajoelina fique no poder indefinidamente. As informações são da Associated Press.