Pelo menos 17 pessoas morreram em uma ofensiva militar contra extremistas islâmicos no nordeste da Nigéria, informou neste domingo, 19, o exército do país africano. Segundo os militares, 14 supostos extremistas e três soldados perderam a vida em dois dias de confrontos na região. O general de brigada Chris Olukolade não detalhou o local dos combates, mas disse que cerca de 20 pessoas foram presas. Não foi possível confirmar a versão do exército junto a outras fontes.
Por meio de um recente decreto, o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, declarou estado de emergência nos Estados de Adamawa, Borno e Yobe. O decreto autoriza o exército a prender qualquer pessoa e ocupar qualquer imóvel onde exista suspeita de que extremistas islâmicos estejam abrigados.
O decreto presidencial expõe a gravidade da situação no nordeste da Nigéria, muitas vezes minimizada por autoridades governamentais por motivos políticos.
A insurgência islâmica na Nigéria começou a ganhar corpo em 2009, quando uma rebelião liderada por integrantes do Boko Haram em Maiduguri foi reprimida pela política e pelo exército. Mais de 700 pessoas morreram na repressão.
Pouco depois da repressão, o líder do Boko Haram morreu na prisão, aparentemente executado. A partir do ano seguinte, integrantes do Boko Haram engajaram-se em uma onda de ataques.
Desde 2010, mais de 1.600 pessoas foram mortas no país em ações atribuídas a extremistas islâmicos, segundo contagem da Associated Press. As informações são da AP.