A crise humanitária na Faixa de Gaza se acentuou com a operação terrestre de Israel. Em uma das regiões mais densamente povoadas do planeta, os 1,5 milhão de palestinos estão isolados. Israel e Egito fecharam as suas fronteiras e não permitem a entrada de ajuda levando suprimentos básicos, como alimentos e remédios. O controle aéreo e marítimo do território também está nas mãos dos israelenses.
A ligação com o mundo externo se dá apenas por meio de telefones e da internet, além de poucos jornalistas – como os da rede de TV Al Jazeera – que estão baseados no território. O contato por telefone é precário, pois a maior parte da população de Gaza usa celular e os moradores têm economizado a bateria com o temor de que, com as frequentes interrupções de energia elétrica, não possam recarregá-las e usar os aparelhos em momentos de emergência.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha afirmou que suas equipes médicas foram impedidas por Israel de entrar na Faixa de Gaza pelo terceiro dia seguido. A ministra das Relações Exteriores israelense, Tzipi Livni, nega que exista uma crise humanitária na região e afirma que a ajuda tem entrado normalmente, no que foi desmentida por um porta-voz da Organização das Nações Unidas (ONU) no território palestino. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.