Conflito

Ofensiva de Israel atinge escola da ONU e mata 3 civis

Forças de Israel se aproximavam nesta terça-feira (6) de áreas mais povoadas da Faixa de Gaza e atacaram novos alvos, incluindo uma escola das Nações Unidas, matando mais civis. A ONU informou que três civis foram mortos em um ataque aéreo à escola, onde centenas de pessoas buscavam abrigo da ofensiva israelense contra o grupo militante islâmico Hamas. O míssil atingiu o pátio do local, causando estragos menores no prédio.

“Não há nada seguro em Gaza. Todos aqui estão aterrorizados e traumatizados”, disse John Ging, principal funcionário da ONU na área. “Eu apelo aos líderes internacionais aqui e na região e no mundo para agirem juntos para interromper isso”, pediu ele, falando do maior hospital de Gaza. “Eles são responsáveis por essas mortes.” O Exército israelense não havia comentado essa ação.

Em outro incidente hoje, pelo menos 18 palestinos foram mortos em ataques por mar e ar, segundo funcionários do setor médico. Apenas dois dos mortos foram identificados como militantes.

Um funcionário do sistema de águas e esgotos de Gaza, Munzir Shiblak, disse que aproximadamente 800 mil pessoas em Cidade de Gaza e no norte do território não tinham água corrente. “Isso não é uma crise, isso é um desastre.”

Ofensiva – Israel lançou a ofensiva em 27 de dezembro com argumento que busca impedir o lançamento de foguetes contra seu território. Na noite de sábado, os militares israelenses iniciaram a operação por terra. De acordo com dados da ONU, mais de 500 palestinos foram mortos, incluindo mais de 100 civis. Nove israelenses morreram desde o início dos confrontos.

Os tanques seguiram hoje para as cidades de Khan Younis e Dir el Balah, no sul e no centro de Gaza. As tropas israelenses já ocuparam o entorno de Cidade de Gaza, principal cidade da faixa litorânea. Israel diz que não interromperá a operação militar até que as cidades ao sul do país estejam livres da ameaça dos foguetes palestinos e haja garantias internacionais de que o Hamas, apoiado por Síria e Irã, não voltará a estocar armas. Israel ainda culpa o Hamas pelas mortes de civis, alegando que o grupo intencionalmente se esconde em áreas residenciais densamente povoadas.

Os líderes de Israel afirmam que não há crise humanitária e que eles permitiram a entrada de suprimentos essenciais para a população. As operações de Israel causaram descontentamento no mundo árabe e geraram críticas de países como a Turquia, o Egito e a Jordânia.

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