A Organização dos Estados Americanos (OEA) terá uma sessão extraordinária nesta quarta-feira em Washington com ministros das Relações Exteriores para analisar a piora da situação na Venezuela. Um comunicado da entidade disse que os EUA e outras 15 nações convocaram a reunião.

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A sessão ocorre após os mais intensos protestos no país desde as manifestações contra o governo de 2014. Pelo menos 26 mortes foram ligadas aos protestos, que começaram há quase um mês, após a Suprema Corte suprimir durante alguns dias os poderes do Congresso controlado pela oposição. A decisão da Suprema Corte foi depois revertida, diante de fortes críticas internacionais.

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O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, afirmou que a Venezuela “se deteriorou em uma ditadura em larga escala” e disse que a entidade avalia a suspensão do país.

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A procuradora-geral venezuelana, Luisa Ortega Díaz, pediu que venezuelanos dos dois lados do espectro político não recorram à violência. Segundo ela, além das 26 mortes, mais de 400 pessoas se feriram e quase 1.300 foram detidas na atual onda de distúrbios.

Dezenas de milhares de venezuelanos têm ido às ruas no último mês para protestar contra o presidente Nicolás Maduro, que consideram culpados pela inflação de três dígitos, pela falta de alimentos e pela crescente criminalidade. A procuradora-geral disse que todos os autores das mortes serão responsabilizados e pediu que os dois lados “reduzam o tom da confrontação”. Fonte: Associated Press.