A missão de chanceleres da Organização dos Estados Americanos (OEA) só desembarcará em Honduras na quarta-feira se estiverem cimentadas as condições para a negociação de um acordo entre o governo de facto, o presidente deposto, Manuel Zelaya, e a Frente Nacional de Resistência em um período recorde de até dez dias.

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Sem essa premissa, o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, deverá cancelar a missão, por considerar impossível alcançar um consenso e também para não envolver a organização em uma negociação sem prazo que somente favorecerá o governo de facto.

De acordo com o Itamaraty, a OEA quer evitar cair em manobras do governo de facto para ganhar tempo e forçar o reconhecimento da comunidade internacional das eleições de 29 de novembro. Dessa forma, não seria necessário o retorno de Zelaya à presidência hondurenha.

“Do Alasca à Terra do Fogo, nenhum país aceita uma fórmula que não preveja a restituição de Zelaya a seu cargo”, afirmou uma fonte da diplomacia. “A eleição presidencial somente será legítima se essa condição for aceita e cumprida.”

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