O Ocidente "está provocando o Irã ao manter a pressão sobre o programa nuclear da república islâmica" em um momento no qual é necessário "o diálogo, não a escalada", opinou nesta segunda-feira (14) o presidente do Parlamento do Kuwait, Jassem al-Kharafi. "O que está havendo é que há declarações provocativas por parte do Ocidente e o Irã responde no mesmo tom", afirmou Kharafi durante uma entrevista à estatal Kuwait TV. O Kuwait é um importante aliado de Washington desde 1991, quando os Estados Unidos lideraram uma guerra contra o Iraque para libertar o Estado rico em petróleo situado no Golfo Pérsico das tropas de Saddam Hussein.

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O país teme, no entanto, ser pego no fogo cruzado de uma eventual guerra entre o Irã e o Ocidente. "Eu acredito que uma situação delicada como essa necessita de diálogo, não de escalada, e que não deveria ser tratada como se o Irã devesse obediência aos Estados Unidos", declarou. O governo kuwaitiano anunciou recentemente que não liberaria o uso de seu território para uma eventual ofensiva contra o Irã.

Os Estados Unidos e alguns de seus aliados acusam o Irã de desenvolver em segredo um programa nuclear bélico. O governo iraniano nega, assegura que suas usinas atômicas têm fins estritamente pacíficos de geração de energia elétrica e já declarou em diversas ocasiões que não pretende interromper suas atividades nucleares. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), braço da Organização das Nações Unidas (ONU) responsável por acompanhar a obediência às regras do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) por parte dos signatários do acordo, considera o programa nuclear civil do Irã dentro da legalidade.

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