Os riscos de deflação na zona do euro aumentaram e o Banco Central Europeu (BCE) deve manter as taxas de juros próximas de zero no médio prazo para combatê-los, disse hoje a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), em relatório.

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O relatório foi divulgado no momento em que o BCE anunciou a manutenção de sua política monetária, apesar de dados que mostram inflação mais fraca. “Os riscos de deflação ou um período prolongado de inflação baixa continuam, na medida em que o grande grau de estagnação econômica coloca pressão persistente na inflação, que está bem abaixo da definição de estabilidade de preços do BCE”, que é de 2%, avaliou a OCDE.

O relatório pede que o BCE considere “medidas adicionais não convencionais” se os riscos de deflação se intensificarem. Grécia, Chipre e Espanha já enfrentam deflação.

A chance de isso ocorrer com o bloco como um todo crescerá se a atividade econômica continuar fraca, segundo a OCDE. Uma desaceleração nos mercados emergentes e a redução de estímulos nos EUA também aumentam as chances de uma deflação na zona do euro, diz o relatório.

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A OCDE, que geralmente adota uma postura crítica em relação às decisões da zona do euro durante a crise, pediu ainda que os países do bloco continuem com finanças prudentes e cortes de dívida e avaliou que a reforma na supervisão bancária – que passará ao controle direto do BCE este ano – é a decisão certa. Fonte: Dow Jones Newswires.