Observadores das eleições presidenciais na República Democrática do Congo relatam diversas complicações no pleito deste domingo. Luc Lutala, porta-voz do Symotel, um dos grupos que observam a disputa, afirmou: “Sabíamos que haveria problemas, mas isso é muito além do que esperávamos”. Ele disse que algumas zonas eleitorais mudaram de lugar em cima da hora, confundindo eleitores; que diversas zonas não têm as listas com os nomes de quem está registrado para votar lá; e que parte das urnas eleitorais não funcionam. O grupo tem cerca de 19 mil observadores espalhados pelo Congo.

continua após a publicidade

Três regiões do país foram excluídas da votação deste domingo devido a uma epidemia de Ebola. Os eleitores desses locais, estimados em aproximadamente um milhão, votarão apenas em março. A decisão de adiar os votos nessas cidades foi polêmica, e críticos dizem que ela pode ameaçar a credibilidade do resultado.

continua após a publicidade

Dois candidatos principais da oposição, Martin Fayulu e Felix Tshisekedi, enfrentam Emmanuel Ramazani Shadary, o escolhido pelo atual presidente Joseph Kabila para sucedê-lo. A eleição representa a primeira chance do país de ter uma transição de poder pacífica e democrática desde sua independência em 1960.