Observadores militares da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, na sigla em inglês) que eram mantidos reféns há mais de uma semana na cidade de Slovyansk, no leste da Ucrânia, foram libertados pelos militantes pró-Rússia, segundo informou a própria instituição neste sábado. Os sete membros da OSCE, que vinham da Alemanha, Dinamarca, Polônia e República Checa, foram libertados juntamente com cinco militares ucranianos, de acordo com a agência estatal de notícias russa RIA Novosti, citando o enviado especial do Kremlin, Vladimir Lukin.

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“Eles libertaram todas as 12 pessoas que estavam na minha lista”, comentou Lukin, que ajudou na negociação com os militantes. “Este foi um ato humanitário voluntário e nós estamos muito agradecidos aos líderes da cidade”, acrescentou. Uma semana atrás um dos observadores, um major sueco, já havia sido libertado por razões de saúde.

O enviado russo disse esperar que o ato de boa vontade dos militantes inspire outras ações humanitárias, incluindo o fim dos confrontos entre os insurgentes e as forças de segurança ucranianas.

Os militantes pró-Rússia, que tomaram a cidade de Slovyansk e exigiram a realização de um referendo sobre o futuro da região, sequestraram os representantes da OSCE no dia 25 de abril, acusando-os de serem espiões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A visita deles era parte de um acordo assinado em Viena dias antes para tentar diminuir as tensões entre Ucrânia e Rússia. Entretanto, eles são militares e não fazem parte da missão especial de monitoração da OSCE, formada por civis.

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A libertação dos reféns ocorre no momento em que o Exército ucraniano aperta o cerco contra a cidade de Slovyansk, em meio à tentativa de conter os tumultos no leste do país. Fonte: Dow Jones Newswires.