Informações complementares da polícia suíça revelam que três homens encapuzados e armados com pistolas participaram do roubo das pinturas de Cézanne, Degas, Van Gogh e Monet, avaliadas em US$ 163,2 milhões. O roubo ocorreu no E.G. Buehrle Collection, um dos mais sofisticados museus privados da Europa de arte impressionista e pós-impressionismo localizado no centro financeiro da Suíça.

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Foram levados os quadros "Campo de Papoulas", de Claude Monet, "Castanheiro em Flor", de Vincent Van Gogh, "Garoto com Colete Vermelho", pintado por Paul Cézanne em 1890, e "Ludovic Lepic e sua Filha", de Edgar Degas.

Na semana passada, a polícia suíça havia registrado o furto de dois quadros de Picasso de uma exposição nas proximidades de Zurique. Os quadros "Tête de Cheval" (1962) e "Verre et Pichet" (1944) tinham sido emprestados para a exposição pelo Museu Sprengel de Hannover, na Alemanha.

De acordo com a polícia de Zurique, os três homens entraram no museu cerca de meia hora antes do horário de fechamento. Enquanto um dominou e vigiou as pessoas presentes, mantendo-os sob a mira de uma arma, os outros dois levaram as pinturas.

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Os suspeitos tinham cerca de 1m75 de altura e um deles falava alemão com sotaque eslavo, informou a polícia. Eles colocaram os quadros num veículo estacionado na frente do museu e fugiram. A polícia oferece recompensa de 100 mil francos suíços (cerca de R$ 250 mil) por informações que levem à recuperação das pinturas.

A polícia federal americana (FBI, por sua iniciais em inglês) calcula que o mercado de arte roubada gire cerca de US$ 6 bilhões por ano. A Interpol, por sua vez, possui 30 mil peças em sua base de dados referentes a arte roubada.

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Apesar de apenas uma fração das obras roubadas ser recuperada, o roubo de trabalhos muito conhecidos, especialmente com uso da força, é raro por causa das frenéticas investigações que se seguem e da dificuldade para revender as peças.