O presidente Barack Obama deve tratar, pelo menos parcialmente, de alguns dos componentes do programa norte-americano de uso de aviões teleguiados, um importante componente da estratégia de contraterrorismo do país, quando falar, na quinta-feira, sobre as ameaças à segurança dos Estados Unidos.
Na quarta-feira, véspera do discurso do presidente na Universidade Nacional de Defesa (NUD, na sigla em inglês), o governo revelou pela primeira vez que um quarto cidadão norte-americano foi morto durante ações com aviões teleguiados no exterior. As mortes dos outros três em operações de contraterrorismo desde 2009 já eram amplamente conhecidas antes da carta do procurador-geral Eric Holder ao presidente do Comitê Judiciário do Senado, Patrick Leahy, reconhecendo as quatro mortes.
No discurso, marcado para as 15h desta quinta-feira (horário de Brasília) Obama deve também reafirmar sua promessa de campanha sobre o fechamento da prisão de Guantánamo, onde suspeitos de terrorismo são mantidos há anos. O presidente deve anunciar a retomada da transferência dos detentos da prisão para outros países.
A Casa Branca disse na quarta-feira que o discurso de Obama coincide com a assinatura das novas “diretrizes da política presidencial” sobre como os Estados Unidos podem os aviões teleguiados em ataques no exterior.
Esboços das diretrizes examinados por funcionários de contraterrorismo deram o controle de ataques aéreos fora do Paquistão e Iêmen para os militares norte-americanos, transformando em política o que já é uma prática comum, segundo duas autoridades com conhecimento sobre o assunto, que falaram em condição de anonimato. As informações são da Associated Press.