O democrata Barack Obama entra nesta terça-feira (20) para a história ao tornar-se o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. A cerimônia de posse será realizada do lado de fora do Capitólio. Obama fará seu juramento com a mesma bíblia usada na posse de Abraham Lincoln em 1861. Como de costume, Obama e sua mulher, Michelle, foram convidados para tomar café com o presidente Bush e sua esposa, Laura, antes de todos seguirem, de limusine blindada, até o Capitólio onde haverá a transferência de poder.

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Antes do meio-dia, Obama entra pela frente do Capitólio para fazer o juramento de 35 palavras, dirigido pelo Chefe da Suprema Corte de Justiça, John Roberts, que vem sendo pronunciado por todos os presidente desde George Washington. Filho de mãe nascida no Kansas e de pai queniano, Obama decidiu usar seu nome completo, Barack Hussein Obama, na cerimônia de posse. Para horror dos liberais, Obama convidou o pastor evangélico conservador Rick Warren, um oponente dos direitos dos gays, para fazer a oração inaugural.

Obama e o vice-presidente eleito Joe Biden devem começar o dia com uma tradicional culto matutino na Igreja Episcopal de St. John, nas proximidades da Casa Branca, e encerrar o dia em dez festas de posse que devem ir noite adentro.

Multidão

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Centenas de milhares de pessoas tomaram o rumo da capital do país hoje para a primeira alteração na administração desde 2001. Mais de 10 mil pessoas de todos os 50 Estados, incluindo bandas e unidades militares, devem reunir-se para seguir Obama e o vice-presidente eleito Joe Biden no trajeto de 2,4 quilômetros pela avenida Pennsylvania até a Casa Branca.

A posse deve reunir até 2 milhões de pessoas. O esquema de segurança não tem precedentes e as principais ruas e pontes da capital estão fechadas. Mas isso não diminuiu a excitação da atmosfera festiva no National Mall.

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A cerimônia desta terça culmina a extraordinária ascensão deste democrata de 47 anos, que se muda para o Salão Oval como o quarto presidente mais jovem dos Estados Unidos. Bush deixa Washington como um dos presidentes mais impopulares, o arquiteto de duas guerras inacabadas e o homem que estava no poder quando ocorreu uma calamidade econômica.