Obama será “mais do mesmo para Cuba”, diz Fidel

O ex-presidente cubano Fidel Castro criticou o discurso do pré-candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos Barack Obama, em que o senador por Illinois justificou o embargo a Cuba. Para Fidel, Obama "será mais do mesmo para a ilha". Obama se reuniu com exilados cubanos na sexta-feira (23). No encontro, disse que abrandará as sanções, mas manterá a essência delas. "Obama em seu discurso atribui à Revolução Cubana um caráter antidemocrático e carente de respeito à liberdade e aos direitos humanos", escreveu Fidel em uma de suas colunas opinativas no jornal oficial Granma. "Exatamente o argumento que, quase sem exceção, utilizaram as administrações dos Estados Unidos para justificar seus crimes contra nossa pátria.

"O bloqueio mesmo, por si só, é genocida", acusou Fidel, de 81 anos, que passou o poder para seu irmão Raúl em julho de 2006. Em fevereiro, a Assembléia do Poder Popular confirmou o nome de Raúl, irmão mais novo de Fidel, que se afastou após uma cirurgia de emergência no intestino. Obama se disse favorável às visitas de cubano-americanos aos seus familiares na ilha e ao envio de remessas. "O discurso de Obama pode ser traduzido como uma fórmula de fome para a nação, as remessas como as esmolas e as visitas a Cuba como propaganda para o consumismo e o modo de vida insustentável que defende", avaliou Fidel.

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