O presidente Barack Obama sancionou neste sábado uma ampla lei de Defesa que atinge principalmente o banco central do Irã, medida que marca o maior confronto econômico entre Washington e Teerã e tem o potencial de alimentar as tensões no Golfo Pérsico. A medida, aprovada pelo Congresso como parte do Ato de Autorização de Defesa Nacional 2012, penaliza instituições financeiras estrangeiras que fazem negócios com o banco central iraniano, o Banco Markazi.
Obama tem alguma flexibilidade na determinação sobre a força e o alcance das sanções, que têm como objetivo tornar mais difícil para o Irã vender seu petróleo. Mas o governo pretende manter a implementação da lei de uma forma que não prejudique a economia global, informaram funcionários do governo.
“Nós acreditamos que podemos fazer isso”, disse um graduado funcionário governamental. “O presidente vai estudar as opções, mas nossa intenção, nossa intenção absoluta, é de forma periódica e programada, implementar esta lei de maneira que ela tenha o impacto que o Congresso quer e com o qual o presidente concorda.”
Algumas autoridades norte-americanas acreditam que Teerã vai considerar a assinatura da lei como um ato de guerra. A medida pode levar o Irã a tomar medidas drásticas, dentre elas tentar fechar o estreito de Ormuz, a principal via de transporte de petróleo do mundo.
Mas embora a Marinha do Irã possa, teoricamente, prejudicar o tráfego no estreito, o que provocaria uma disparada dos preços do petróleo, na verdade seria quase impossível para o Irã bloquear o canal.
A gigantesca lei de defesa inclui, entre outras medidas controversas, as sanções mais duras já impostas ao Irã por causa do suposto desenvolvimento de uma arma nuclear.
A lei atinge especificamente qualquer um que tenha negócios com o banco central do Irã, uma tentativa de forçar outros países a escolher entre comprar petróleo iraniano ou ser impedido de fazer qualquer tipo de acordo relacionado à economia norte-americana. As informações são da Dow Jones.