Relembrando o “inferno inimaginável” do sofrimento do Dia D, o presidente dos EUA, Barack Obama, prestou hoje uma homenagem ao desembarque das Forças Aliadas, que destruiu o poderio nazista sobre a França e mudou o rumo da História. “A absoluta improbabilidade dessa vitória é a parte que torna o Dia D tão memorável”, afirmou Obama.
O presidente norte-americano discursou sob um céu azul no cemitério norte-americano encravado no penhasco de onde se avista a Praia de Omaha e outros pontos da costa da Normandia, onde, no dia 6 de junho de 1944, navios das Forças Aliadas lançaram soldados norte-americanos, britânicos e canadenses debaixo do fogo acirrado das tropas nazistas que aguardavam os aliados cruzarem o Canal da Mancha.
Obama visitou um museu da guerra acompanhado da primeira-dama Michelle; colocou uma coroa de flores em homenagem aos que tombaram na batalha, saudou membros das Forças Militares e uniu-se a alguns veteranos sem uniformes da Segunda Guerra Mundial.”Amigos e veteranos, o que nós não podemos esquecer, o que não devemos esquecer, é que o Dia D foi um momento onde a coragem e a abnegação de alguns foram capazes de mudar o curso de todo um século”, disse.
Falando em um momento no qual os EUA lideram as guerras do Iraque e do Afeganistão – que estão se prolongando muito mais do o envolvimento dos EUA na Segunda Guerra Mundial, Obama descreveu com termos duros as condições árduas das tropas aliadas na invasão à Normandia. Ele notou que, em vários momentos, o plano de invasão pelo mar deu errado, deixando as forças invasoras vulneráveis às armas nazistas em seu caminho.
Obama fez homenagens aos aliados – britânicos, canadenses e franceses, assim” como aos russos, que registraram as mais pesadas baixas no front do leste.”
Mais cedo, os presidentes da França, Nicolas Sarkozy; o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, e o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, também relembraram os sacrifícios das tropas aliadas.
Obama observou que seu avô, Stanley Dunham, chegou à Normandia seis dias depois do Dia D e marchou pela França com o batalhão do general George S. Patton. Obama estava acompanhado de seu tio-avô Charles Payne, que integrou a primeira divisão americana que atingiu e libertou os presos no campo de concentração nazista que Obama e seu tio-avô visitaram, ontem, na Alemanha.