Obama rejeita concessões à China e frustra Pequim

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, encerrou ontem sua visita de três dias à China sem obter concessões nas questões cambiais e de direitos humanos. Mas Pequim viu uma lista muito mais longa de pretensões ser recusada pelo norte-americano. Apesar disso, os dois lados concluíram que as relações bilaterais alcançaram um novo patamar, no qual quase todas as questões globais relevantes passaram a ser consideradas.

Pequim pressionava os norte-americanos a dar à China o status de economia de mercado, o que dificultaria a imposição de direitos antidumping contra a importação de seus produtos. A lista de reivindicações incluía ainda a suspensão das restrições às exportações americanas de alta tecnologia que possam ter uso militar, o fim do embargo à venda de armas em vigor desde 1989, a interrupção da venda de armas a Taiwan e a não-realização de encontros com o dalai-lama.

Os EUA mantiveram inalterada sua posição em todos esses pontos. Obama reconheceu o princípio de uma só China e declarou respeitar a integridade territorial do país, mas defendeu a retomada do diálogo entre Pequim e o dalai-lama. Disse ainda que seu país continuará a observar um acordo com Taiwan pelo qual se compromete a defender a ilha – que a China considera seu território – contra agressões externas.

Apesar das divergências, Obama obteve progressos no principal objetivo de sua visita, que era a busca da cooperação em uma série de temas globais, que vão da mudança climática à não-proliferação nuclear.

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