O presidente Barack Obama propôs nesta terça-feira a criação de um novo fundo no valor de US$ 1 bilhão para apoiar a segurança na Europa. A medida faz parte de sua mais recente tentativa de assegurar a seus nervosos aliados europeus que os Estados Unidos vão agir caso a agressão russa à Ucrânia se espalhe por outras partes da região.
O fundo, que a Casa Branca anunciou quando Obama chegou à Polônia, país onde inicia uma visita de quatro dias à Europa, vai exigir aprovação do Congresso. Seu objetivo é aumentar a presença norte-americana no leste europeu, o que inclui a intensificação do rodízio de tropas, informou a Casa Branca.
A nova iniciativa também vai permitir que os Estados Unidos estoquem mais equipamento militar na Europa e elevem sua presença nos Mares Negro e Báltico.
A Polônia vem fazendo pressão para um aumento das forças norte-americanas com o objetivo de deter o que chama de agressão russa, depois de o país ter anexado a região ucraniana da Crimeia e dos confrontos no leste da Ucrânia que, segundo o Ocidente, foram incitados pela Rússia. Moscou nega a acusação.
A Rússia não havia feito comentários a respeito da proposta norte-americana, mas autoridades advertiram que qualquer expansão da presença militar da Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan) no leste representaria uma ameaça à segurança russa e levaria o Kremlin a considerar o envio de mais armas ao longo de suas fronteiras ocidentais. A Rússia já vem elevando a quantidade de forças militares na região de Kaliningrado, um enclave entre a Lituânia e a Polônia.
A viagem de Obama será dominada pela questão da Ucrânia. Ela inclui uma reunião com líderes da Europa central em Varsóvia, uma reunião com líderes do Grupo dos 7 (G-7) em Bruxelas, uma noite em Paris onde Obama vai jantar com o presidente francês François Hollande e eventos para celebrar o 70º aniversário do Dia D, data em que as tropas aliadas desembarcaram na Normandia durante a Segunda Guerra Mundial.
Com o objetivo de demonstrar a solidariedade de Washington com a Ucrânia, Obama vai se reunir na quarta-feira com o presidente eleito do país, Petro Poroshenko, que também estará em Varsóvia para o 25º aniversário das primeiras eleições polonesas pós-comunismo. Segundo a Casa Branca, o ponto alto da viagem de Obama será um discurso que ele fará na quarta-feira na Praça Real, em Varsóvia, quando deve prometer apoio norte-americano para a segurança europeia. Fonte: Dow Jones Newswires.