Obama garante mais superdelegados e foca em McCain

O senador Barack Obama (Illinois), pré-candidato do Partido Democrata à eleição presidencial americana de novembro, passou a ignorar sua concorrente, a senadora democrata por Nova York Hillary Clinton, e concentrou suas críticas no candidato do Partido Republicano, o senador John McCain (Arizona), nos atos de campanha dos últimos dias. Ontem, Obama assegurou o apoio de mais nove "superdelegados" (líderes partidários), que votarão nele na convenção nacional do partido, em junho.

"Me sinto gratificado pelo fato de mais superdelegados estarem vindo para o nosso lado. E acho que temos um argumento forte para dizer que eu serei um candidato que poderá unir o partido e vencer John McCain", disse Obama a repórteres em Woodburn (Oregon).

Para assegurar a nomeação na convenção nacional, qualquer um dos concorrentes precisará de 2.065 votos, entre delegados eleitos nas primárias estaduais e superdelegados nomeados pelas lideranças do partido em cada estado. Até o momento, Obama tem garantidos 1.860 delegados e Clinton tem 1.698. Clinton liderava com folga entre os superdelegados que já haviam declarado seu voto, mas as últimas adesões a Obama colocam os dois pré-candidatos empatados nessa categoria, com 272.

McCain

Essas adesões aparentemente são o que deu ao senador de Illinois a segurança suficiente para concentrar seu discurso em críticas a McCain, que já tem sua nomeação assegurada para concorrer pelo Partido Republicano, o mesmo do presidente George W. Bush.

A campanha entre os democratas vinha sendo marcada por críticas duras trocadas a todo momento entre Obama e Clinton, no que muitos observadores diziam ser um processo que poderia dividir o partido e prejudicar a oposição a Bush na eleição de novembro.

"McCain estava totalmente errado quando disse recentemente que nossa economia fez um ‘grande progresso’ sob George W. Bush. Há alguém, fora de Washington, que acredite realmente nisso?", discursou Obama em ato de campanha em Oregon.

Hillary

Ele só se referiu a Hillary Clinton quando um participante do ato perguntou sobre as diferenças entre as propostas dos dois pré-candidatos para o sistema de saúde pública dos EUA.

Indagado sobre se escolheria Hillary Clinton para ser vice-presidente em sua chapa, o senador respondeu: "Eu ainda não consegui a nomeação. Mas vou dizer que ela mostrou-se uma candidata extraordinária e uma servidora pública extraordinária. Ela é trabalhadora, é firme e muito inteligente. E, por isso, acho que ela estaria na lista de qualquer um como possível candidata a vice-presidente". As informações são de agências internacionais.

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