Em sua primeira entrevista coletiva após a reeleição, o presidente dos EUA, Barack Obama, fez uma feroz defesa da embaixadora do país para a ONU, Susan Rice, cotada para substituir Hillary Clinton à frente do Departamento de Estado.
Mais cedo, senadores republicanos, incluindo o ex-candidato à Presidência John McCain, afirmaram estar dispostos a fazer o possível para, caso a nomeação aconteça, impedir a sua aprovação.
McCain afirmou estar “preocupado com vidas americanas” ao fazê-lo. Ele critica Rice por declarações que ela deu em programas de TV dos EUA cinco dias após o ataque ao consulado do país na cidade líbia de Benghazi que matou quatro diplomatas, entre eles o embaixador Chris Stevens.
Nas declarações, Rice propagava a versão inicialmente dada pela Casa Branca de que o ataque era resultado de um protesto contra um vídeo de sátira ao islã. Mais tarde, a própria Casa Branca começou a tratar o caso como um ato de terrorismo.
As investigações ainda estão em andamento. Obama disse que a embaixadora foi à TV a pedido dele e que ela “fez o melhor que podia” com as informações de que dispunha. Disse também que ela “não tinha nada a ver” com a investigação, já que é embaixadora na ONU, e que a atitude dos republicanos é “revoltante”.
“Se o senador McCain e outros querem perseguir, deveriam perseguir a mim”, atacou. “Se eu achar que ela será a melhor pessoa para servir ao país, no Departamento de Estado, vou nomeá-la. Mas essa é uma decisão que ainda não tomei.”